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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2021

Hoje descubro-me mãe terra

Hoje notei-me mãe terra, parideira de árvores. Notei que de um pouco frequentado Círculo de Meditação e Partilha têm saído árvores. E chamo-lhes árvores, porque são todos diferentes e porque são alimento para novas flores e novos frutos. A Raquel que a partir de uma partilha iniciou a sua tribo portuguesa de arte terapia com mandalas. O Rui que de uma intervenção sobre a Páscoa fez nascer um grupo de estudo bíblico. Agora a Carla muito elogiada pela sua meditação de cura, que fará? E a seguir, já a seguir vem mais alguém. Todos diferentes, todos iguais. É isto que é ser humano. É ter coração, braços, pernas, rosto, mas todos diferentes, todos únicos, todos importantes, todos preciosos.   Foi isto que propus, em respeito absoluto pelo sentir uns dos outros, e hoje notei que sem dar conta, sem fazer nada conscientemente, é isto que está a acontecer. Muitas vezes me esqueço de notar os resultados do que faço. Mas hoje notei e fiquei contente e celebro-me e honro este corpo que cria árvore

Eu tenho escolhas

Ouvi dizer que há guerra Eu escolho a paz Que há medo Eu escolho o amor Que há incompreensão Eu escolho saber que pouco sei Mas porque tudo isto é tão difícil E tão fácil cair no que não escolho Escolho pedir ajuda à mãe que tudo nasce À que tudo nutre Ao pai que tudo aquece E ao que é o sopro de todas as coisas. Não é melhor nem pior que outras escolhas, é só a que sou capaz de fazer agora, com lutos e com a determinação de continuar a desbravar caminho de vida.

O primeiro dia do resto da minha vida (mais um)

Sequência de trechos que chegaram aos meus olhos nos dias 10 e 11 de Abril de 2021 e me fizeram decidir. I “O Juiz Ivo Rosa considera que o primeiro-ministro não pode ser julgado por fraude fiscal porque dinheiro proveniente de crimes não tem de ser declarado às finanças.”, In revista “Sábado”. II “Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador? Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres.” In, “Sermão do Bom Ladrão” (Padre António Vieira) III Sobre a hipótese de encontrar a paz numa vida humana, o monge Zen contou a seguinte história: “Algumas pessoas cruzaram-se com um homem que tinha um ramo de piripiris na mão, e os ia comendo, um a um. Estava em sofrimento, as lágrimas corriam-lhe em fio. - Porque estás a comer os piripiris? - perguntaram-lhe. - Estou à procura de um que seja doce.” *** A primeira frase trouxe-me raiva perant