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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2020

Onde é que está a verdade?

Inclui um pouco de história, a minha teoria da conspiração e tentativa de final feliz Onde está a verdade? Se tu tens uma opinião e outra pessoa outra, será que és tu que estás certo? Se o fulano A, teu conhecido e amigo, tem uma opinião e o fulano B teu desconhecido tem outra, o que te faz crer que A esteja certo? Há tantas religiões no mundo, cada uma defende ser dona da verdade. Tantos tipos de dieta, cada uma diz que tem razão. Direita, esquerda, centro-direita, centro-esquerda, liberal, comunista, neo-fascista. Quem tem razão? Para cada um deles é o próprio que a tem. Tu achas que as pessoas têm que usar máscara por causa do Covid e que quem pensa de outra forma é irresponsável, imbecil e coisas ainda mais feias. Já tu achas que é prejudicial usar máscara e que quem defende o contrário anda a dormir e mais uns adjectivos que me escuso a publicar. Afinal quem é que tem razão? Tu? E a nível alimentar, quem está certo? O que tu defendes ou outro? E de partido político, o da tua cor

Largar, confiar e viver

É preciso largar para que as mãos possam agarrar outras coisas, libertar o que já não serve para abrir espaço ao que faz falta, deixar o velho para dar lugar ao novo. Na palestra de ontem à noite no Mosteiro Sumedharama, entre a Ericeira e Mafra, o Monge falou das suas peregrinações mendicantes em Portugal. Na tradição budista Theravada, a que pertence, os monges não podem ter dinheiro. Vão com as suas enormes taças para junto da população à espera que alguém lhes ofereça que comer, mas também não podem pedir e não podem guardar os alimentos de um dia para o outro, pelo que todos os dias a “aventura” se repete. Se alguém lhes perguntar o que andam a fazer explicam, se ninguém perguntar não podem dizer nada. O monge Gambhiro é Húngaro. Da primeira vez foi com um inglês. Começaram em Lagos com destino a Lisboa, para caminharem durante três semanas. Ele não acreditava que alguém lhes desse comida, tinham chegado há muito pouco tempo a Portugal, quase ninguém conhecia esta tradição. No pri

A paz é um lugar interno

  O nascer-do-sol hoje foi assim aqui para os lados da Ericeira. Estou em retiro num lugar bonito, com ar puro e presentada com nasceres-do-sol magníficos ao pequeno almoço. Mesmo assim os últimos dias não têm sido fáceis. Para ter paz não basta que o lugar seja de paz. Porque a paz é um sentimento interno. Se eu não for capaz de a cultivar e sustentar, alguma coisa há-de surgir para criar atrito: ou fora ou dentro. E é também por isso que estou aqui, para poder cultivar a paz interna aprendendo a deixar ir o que em mim chama o conflito. Se eu não fizer a paz nunca a terei. E creio que assim é com toda a gente e com o mundo. É possível viver em paz no meio da maior tempestade e estar em guerra contínua no paraíso. Depende de mim! É um caminho, dá trabalho, requer empenho, mas Eureka, só depende de mim.