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Onde é que está a verdade?

Inclui um pouco de história, a minha teoria da conspiração e tentativa de final feliz


Onde está a verdade?


Se tu tens uma opinião e outra pessoa outra, será que és tu que estás certo? Se o fulano A, teu conhecido e amigo, tem uma opinião e o fulano B teu desconhecido tem outra, o que te faz crer que A esteja certo?

Há tantas religiões no mundo, cada uma defende ser dona da verdade.

Tantos tipos de dieta, cada uma diz que tem razão.

Direita, esquerda, centro-direita, centro-esquerda, liberal, comunista, neo-fascista. Quem tem razão? Para cada um deles é o próprio que a tem.

Tu achas que as pessoas têm que usar máscara por causa do Covid e que quem pensa de outra forma é irresponsável, imbecil e coisas ainda mais feias. Já tu achas que é prejudicial usar máscara e que quem defende o contrário anda a dormir e mais uns adjectivos que me escuso a publicar.

Afinal quem é que tem razão? Tu? E a nível alimentar, quem está certo? O que tu defendes ou outro? E de partido político, o da tua cor ou outro? E sobre o Covid? Olha que se fores sempre tu a ter razão, das duas uma: Ou és Deus e ainda não nos contaram ou… Ou talvez ainda não te tenhas apercebido que cada um de nós só consegue ver uma pequena parte da história e que aquilo que vê interpreta de acordo com os seus próprios conhecimentos, experiência de vida e a forma como está no momento. Ou seja, aquilo que nós vemos e que bastas vezes achamos que é a verdade, na realidade é só a nossa própria interpretação naquele dia a partir de um bocadinho da totalidade. 



E isto não fui eu que inventei. A Ciência da Comunicação explica-o e explicam-no também a filosofia e as religiões. Há um antigo conto não sei se Hindu se Budista, que podes ver ilustrado aí em cima e encontrar aqui, chamado nuns lados “Os sete homens sábios e o elefante”, noutros “Os cegos e o elefante” , que explica bem como tendemos a tomar a parte pelo todo e a generalizar a partir de uma pequena amostra não representativa.

Cada um considerando-se na posse da verdade, fecha-se a adquirir mais conhecimento, a ouvir os outros e se não tem razão (e raramente se tem uma razão integral) pode ser uma grande chatice, em primeiro lugar para si próprio, e depois para aqueles que de alguma forma dependem de si.

Quem não gosta de ser escutado? Tu gostas que não te escutem, que não considerem o que dizes? Achas bem que tomem decisões que te afectam sem sequer te ouvirem, em nome da “verdade”, ou do “bem”, ou lá do que for? E achas bem que se faça o mesmo em relação aos outros?

Achas que democracia (ouvir todos) é uma boa ideia; ou o melhor é mesmo ouvir só quem “tem razão”, que já sabemos é algo que cada um acha que tem, e impor isso aos outros – ditadura, portanto?


Os quatro últimos milénios


Sabes que ditadura foi aquilo que vivemos pelo menos nos quatro últimos milénios? A razão que era imposta era a da força: “Eu sou mais forte mando.” E assim as mulheres não eram consideradas pessoas; os negros e índios foram encontrados pelas armas dos europeus e dominados por elas; povos atrás de povos foram dominados por outros; tudo quanto era diferente ou não interessava ao mais forte era subjugado. 

Basicamente no último século a escravatura foi sendo abolida, as mulheres foram ganhando direitos, houve o alargamento de intervenção social e cuidados de saúde junto dos mais pobres, começou a haver preocupação com a diferença, com os animais.

Vivemos algumas décadas de ganhos relativamente à nossa humanidade: aumento do respeito pelo que cada um é, reconhecimento do papel particular de cada pessoa, preocupação com a saúde, bem-estar e vida.


A minha teoria da conspiração 



E não, isto não agradou a toda a gente, até porque têm vindo a ser revelados os crimes de muitos, gente que sempre teve poder foi-o perdendo. 

O que se vê hoje é, parece-me, um golpe desesperado dos que têm visto o seu poder em perigo: “Se eles nos desafiam, então prendamo-los, matemo-los, controlemos o que pensam, dizem, fazem”, terão decidido, parece-me a mim.

Dominam os meios de comunicação (jornais, TVs, redes sociais e os próprios emails e contactos telefónicos), podem controlar as informações que recebemos e transmitimos. Dominam a indústria alimentar, podem desnutrir-nos ou deixar-nos à fome. Dominam a indústria farmacêutica e grupos de “saúde”, podem decidir quanto vivemos, com que qualidade. Já nem precisam das armas tradicionais. Podem conduzir-nos, tal como Hitler fez, para campos de concentração, só que esses campos agora podem ser nas nossas próprias casas. Parece-me que dominam os partidos políticos, pois só assim podemos ver medidas à escala global.

Grande parte da população já depende de drogas farmacêuticas, com as vacinas podem de uma forma global impor uma mudança genética à população, fazendo de nós uma espécie de robots, e com as mesmas vacinas, mais as máscaras, mais a falta de cuidados de saúde, mais sei lá o quê que poderão inventar, poderão reduzir drasticamente a população, que é uma das formas de salvar o planeta e um objectivo que têm declarado.


Fazer o quê?


Não, eu não sei onde está a verdade, sei que cada um de nós terá um bocadinho dela, mas que a total ninguém sabe. Mas sei que gosto de ser bem tratada e que acho que os outros são merecedores do mesmo que eu. Acho por isso que devemos chegar a consensos. Imposições não. Acho que é boa ideia respeitarmo-nos. Juntarmo-nos, procurarmos soluções comuns.

Talvez seja de criarmos comunidades. Aqueles que querem andar de máscara, talvez se possa criar a aldeia das máscaras. Aqueles não querem, então criemos a aldeia sem máscaras. Não se cruzam entre si, pronto, mas pelo menos não se impede os afectos e a respiração livre a toda a gente só por uns querem afastamento; nem se obriga outros a respirarem o ar livre de todos.

Se não nos entendermos, a guerrilha de rua poderá ser outra fonte de diminuição da população.

Já somos grandes. (Ou não somos?) Vamos lá?! Vamos lá tentar escutar mais o coração de cada um de nós, percebermos que cada outro tal como nós próprios só quer ser feliz e estar bem e respeitá-lo? Respeitar os velhos? As crianças? Respeitarmo-nos? Vamos honrar esta vida preciosa e limitada?

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