Resolvi seguir a moda e deixar que os cabelos revelassem a sua cor natural.
Adoro ver-me. Além de estarem bastante brancos, têm mais volume, estão mais fortes.
Notar isto nos cabelos fez-me olhar para o todo que sou e concluir que também eu estou mais forte.
Tenho rugas, o corpo deixou de ser quase perfeito, a visão está deficiente, já não raciocino tão depressa nem com tanta lógica, no entanto estou muito mais forte.
Adoro ver-me. Além de estarem bastante brancos, têm mais volume, estão mais fortes.
Notar isto nos cabelos fez-me olhar para o todo que sou e concluir que também eu estou mais forte.
Tenho rugas, o corpo deixou de ser quase perfeito, a visão está deficiente, já não raciocino tão depressa nem com tanta lógica, no entanto estou muito mais forte.
Gosto de mim como nunca gostei antes, sou útil a mim e aos outros e sou capaz de decidir o que é melhor para mim e segui-lo, ainda que os outros não aprovem, critiquem, me chamem nomes; tal como não dou muita importância aos elogios, sei que o elogio de hoje se pode tornar a crítica de amanhã e a crítica de hoje o louvor de amanhã.
Envelhecer traz muitas dores, mas também pode trazer o imenso poder de decidirmos o caminho pela nossa própria cabeça, de decidirmos ser o que nos faz sentido. E só isso me parece legítimo, ainda que cometamos as maiores asneiras. Se deixarmos os outros decidirem o que somos e fazemos, quem seremos afinal? Se repararmos bem, cada outro quer uma coisa diferente e ainda por cima o que quer muda.
Hoje posso ser o que muito bem entender, desde que - escolha minha - não prejudique nada nem ninguém e preferencialmente possa preencher-me de pozinhos de puro-amor e deixar que se espalhem.
Apesar de continuar a necessitar de colo, aplausos, que gostem de mim, hoje dou-me muito mais valor. Como se a cada cabelo branco o meu auto-valor aumentasse.
Envelhecer traz muitas dores, mas também pode trazer o imenso poder de decidirmos o caminho pela nossa própria cabeça, de decidirmos ser o que nos faz sentido. E só isso me parece legítimo, ainda que cometamos as maiores asneiras. Se deixarmos os outros decidirem o que somos e fazemos, quem seremos afinal? Se repararmos bem, cada outro quer uma coisa diferente e ainda por cima o que quer muda.
Hoje posso ser o que muito bem entender, desde que - escolha minha - não prejudique nada nem ninguém e preferencialmente possa preencher-me de pozinhos de puro-amor e deixar que se espalhem.
E fica te muito bem 😊estou a pensar fazer o mesmo !... beijinhos
ResponderEliminarDiria que a Sati escritora está para a Sati, que conheço, da Biodanza como fogo da água mas isso é por não a conheço de todo, ou só um bocadinho.
ResponderEliminarGosto imenso do estilo reportagem, dá a sensação de estar em viagem.
Obrigado por partilhares as tuas experiências.