Diz que era muito feia, eu. Tenho muito poucas fotos de mim, e hoje, um ex-namorado que gostava de fotografia, deu-me esta dos meus 22 anos (eu no meio de uma data de gente que não é para aqui chamada). Olho para mim e pergunto: Mas onde é que eu era feia?

O mesmo quando olho para mim bebé, menina de 5 anos, quase mulher de 14.
Estarei em negação?
Também me disseram que era burra e mais uma data de coisas do género em que acreditei piamente, mas que de há uns 20 anos para cá começaram a cair aos poucos essas crenças... e continuam.
O que nos contaram de nós não é necessariamente verdade. Muitas vezes é mesmo uma grande mentira. Não que as pessoas fossem ou sejam mentirosas, mas o que cada um vê é só o que cada um consegue ver e não a totalidade, seguramente nunca a verdade inteira e o problema é que acredita piamente naquilo e quer que os outros acreditem também.
O mesmo se passa connosco: o que vemos é só a nossa parte da história naquele momento. Aquilo que afirmamos e acreditamos nunca é a verdade total e muitas vezes pode mesmo ser uma imensa ficção… mas queremos que os outros concordem connosco (perdoem a generalização, porque obviamente há sempre as honrosas excepções).
O que vemos nos outros, nas coisas, no mundo, não são os outros, nem as coisas, nem o mundo, somos nós próprios na nossa pequena concha, com os conhecimentos limitados que temos.
Os próprios cientistas, historiadores, sociólogos, psicólogos, interpretam as coisas não a partir do que as coisas são mas dos seus próprios valores... E assim nós mulheres durante milénios fomos considerados seres inferiores. Será que éramos? Que somos? Ou simplesmente tínhamos menos força de braços?
Por ter tido esta possibilidade de ver as mentiras que me disseram, em que acreditei, e que ainda hoje me continuam a condicionar (e em quantas continuarei a acreditar ainda?), estimulo toda a gente e a mim própria a irmos à procura de quem somos e a não darmos muita importância às nossas próprias interpretações dos outros e das situações.
“Não te leves muito a sério nem aos outros” é um slogan dos Alcoólicos Anónimos. Sábios são. A doença levou-os em busca de soluções e assim têm vindo a desenvolver uma sabedoria que pode ser usada por toda a gente.
As mentiras que nos contaram, as violentações, repressões, podem todas ser usadas alquimicamente para um renascimento com muito mais sabedoria.
Renasçamos pois.

O mesmo quando olho para mim bebé, menina de 5 anos, quase mulher de 14.
Estarei em negação?
Também me disseram que era burra e mais uma data de coisas do género em que acreditei piamente, mas que de há uns 20 anos para cá começaram a cair aos poucos essas crenças... e continuam.
O que nos contaram de nós não é necessariamente verdade. Muitas vezes é mesmo uma grande mentira. Não que as pessoas fossem ou sejam mentirosas, mas o que cada um vê é só o que cada um consegue ver e não a totalidade, seguramente nunca a verdade inteira e o problema é que acredita piamente naquilo e quer que os outros acreditem também.
O mesmo se passa connosco: o que vemos é só a nossa parte da história naquele momento. Aquilo que afirmamos e acreditamos nunca é a verdade total e muitas vezes pode mesmo ser uma imensa ficção… mas queremos que os outros concordem connosco (perdoem a generalização, porque obviamente há sempre as honrosas excepções).
O que vemos nos outros, nas coisas, no mundo, não são os outros, nem as coisas, nem o mundo, somos nós próprios na nossa pequena concha, com os conhecimentos limitados que temos.
Os próprios cientistas, historiadores, sociólogos, psicólogos, interpretam as coisas não a partir do que as coisas são mas dos seus próprios valores... E assim nós mulheres durante milénios fomos considerados seres inferiores. Será que éramos? Que somos? Ou simplesmente tínhamos menos força de braços?
Por ter tido esta possibilidade de ver as mentiras que me disseram, em que acreditei, e que ainda hoje me continuam a condicionar (e em quantas continuarei a acreditar ainda?), estimulo toda a gente e a mim própria a irmos à procura de quem somos e a não darmos muita importância às nossas próprias interpretações dos outros e das situações.
“Não te leves muito a sério nem aos outros” é um slogan dos Alcoólicos Anónimos. Sábios são. A doença levou-os em busca de soluções e assim têm vindo a desenvolver uma sabedoria que pode ser usada por toda a gente.
As mentiras que nos contaram, as violentações, repressões, podem todas ser usadas alquimicamente para um renascimento com muito mais sabedoria.
Renasçamos pois.
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