Há um mecanismo psicológico de defesa do ego que nos leva a negar a existência de algo que seja particularmente doloroso. Uma menina violentada por alguém da família que conte à mãe, a reação mais comum desta é gritar com a menina, chamar-lhe mentirosa e dizer-lhe para nunca mais repetir aquilo. Se o estupro se ficou pela infância, é comum também que a menina o apague da memória. Sabe que houve algo, percebe que tem comportamentos estranhos em relação aos homens, ao prazer ou ao seu corpo; pode até lembrar-se de alguma coisa, mas não recorda o que se passou. Toda a gente sabe que o marido a “trai” ou a mulher o “trai”, mas ela jura a pés juntos que é impossível. Recordo um colega que numa viagem de trabalho, no dia em que me conheceu, queria “dormir” comigo. Depois contava-me as aventuras que ia tendo. Até ao dia do seu funeral, em que conheci a viúva e ela me disse que punha as mãos no fogo: que ele nunca a tinha “traído”. (Coloco traído entre aspas, porque estou a usar a palavra da f...
Insights meus sobre a vida. Dicas de meditação, massagem, auto-tratamento. Formas de cuidar que resultam. Acredito que amor partilhado é amor ampliado: é amor o que pretendo partilhar aqui.